top of page
  • Foto do escritorBárbara

18° Dia: Relaxar nas Águas Termais do Reino - Passeio em Füssen e Schwangau

Atualizado: 24 de ago. de 2021


Bad Bayersoien, 24/06/2018 - Domingo


Hoje o Gilson acordou todo doído, o que é normal depois do trabalho intenso na manutenção do freio traseiro da Brigite no dia anterior. Decidimos deixar a turistagem de lado novamente e seguir a sugestão de Hans, o proprietário do Hotel, e relaxar nas águas termais em Schwangau.


Passamos novamente sobre o rio Ammer, mas desta vez pela ponte provisória que foi aberta ao trâsnsito ontem e fechava definitivamente a velha ponte Echelsbach para suas obras de restauração. Agora era possível ver os arcos de concreto lindamente assentados nas bordas do desfiladeiro que é completamente tomado por floresta mista temperada. Uma visão impressionante! Logo após atravessarmos a ponte sobre o rio Ammer, seguimos a rota sinalizada por "Romantische Strasse" tomamos o sentido Füssen, e passamos em frente ao acesso à Wieskirche (Igreja de Wies) que havíamos visitado dias antes.


Na Alemanha tem-se a impressão que todo espaço tem uma função: urbana, industrial, circulação, agrícola, área de proteção ambiental... Todo o espaço é preciso e parece que não há sobras, nem mesmo aqueles que aparentam não ter função, como o charco próximo ao local onde a igreja classificada Patrimônio Cultural da Humanidade está situada, ele integra a paisagem que circunda a igreja formando um conjunto lógico, coeso e harmônico.


Com pouco combustível no tanque, aos 10 km o primeiro posto estava funcionando, mas não havia ninguém atendendo. Tratava-se de um posto de autoatendimento que libera a bomba com o uso do cartão de crédito. Mais a frente havia outro posto, o Gilson abasteceu e eu ajudei a operadora do caixa a levar caixas vazias até o contentor de coleta de papelão. Ela disse que aos domingos são poucos os estabelecimentos que funcionam e os postos que operam fecham cedo, então era preciso ficar de olho no horário.


Naquela comunidade havia Schützenfest do município e as pessoas estavam vestidas com trajes típicos e conduzindo tratores antigos, que eram levados para exposição, o trator mais antigo era do ano 1950.


Clique sobre as imagens para ampliá-las ou sobre as setas para avançar.


Com o tanque da Brigite cheio, seguimos à Schwangau onde procuramos por uma farmácia para comprar relaxante muscular, mas todas estavam fechadas. Seguimos as orientações off-line do googlemaps e chegamos à estátua dourada mencionada por Hans, que marca o acesso ao "Königliche Kristall-Therme am Kurpark" em Schwangau. Estacionamos a moto pertinho da entrada, ao lado de um quadriciclo. Não era propriamente uma vaga de estacionamento, mas o Gilson não estava disposto a andar e como ele mesmo diz, basta alguém estacionar em algum lugar não convencional para outros seguirem o exemplo... Aliás, estacionamento específico para motos foram raros até então.


Cada um pegou sua mochila e fomos à recepção. Parecia promissor...

Há vários tipos de pacotes disponíveis. Optamos pelo básico de 2 horas, que dá direito de acesso e uso a todas dependências do térreo, incluindo banheiros, chuveiro, vestuário com secador de cabelos, armários, restaurante e 2 piscinas térmicas internas e 5 externas, cada uma com grau diferente de salinidade e temperatura.


A parte interna era bem ampla e tinha muitas mesas, espreguiçadeiras e garçons que iam e vinham com pedidos dos clientes. Preferimos a parte externa que estava menos movimentada, e escolhemos uma piscina na borda do terraço e por lá ficamos. A água quentinha era dinamizada com jatos, borbulhamento e correnteza a intervalos regulares, variando entre relaxamento e natação. Dali tinha-se a vista para os Alpes e o castelo de Neuschwanstein aninhado sobre uma colina entre duas montanhas. Quando terminou nosso tempo fomos para os chuveiros coletivos, eu para o feminino e Gilson para o masculino, onde todos tomam banho nus sem se importarem com as demais pessoas presentes. Aqui se tem uma relação natural com a nudez, não há problema em ficar nu, problema é o outro ficar reparando, então, pra não pegar mal, se liga e olha no máximo pros olhos das pessoas, ou pra torneira do chuveiro se seu pudor for muito grande. Os vestuários dão numa antessala com uma enorme bancada com espelhos e secadores de cabelo o que foi bem útil porque ninguém gosta colocar capacete sobre o cabelo molhado. Saímos de lá leves, soltos, alegres e enrugadinhos. Tchau tensão muscular!


Lá fora onde a moto esta estacionada, iniciava uma trilha margeada por um capim alto cheio de flores que subia a colina e levava ao parque do Spa de Schwangau. Em baixo de um grande pinheiro no topo da colina havia um banco ocupado por duas senhorinhas de cabelos brancos que conversavam e olhavam ao longe. Subimos pelo caminho e assim como elas, escolhemos outro banco na mesma condição onde fizemos um piquenique com nossos sanduíches levados do café da manhã e cerveja sem álcool que compramos no posto de abastecimento. Bem a nossa frente, um estacionamento e uma plantação de morangos colha-e-pague tinham como pano de fundo os Alpes bávaros emoldurando os castelos de Hohenschwangau e de Neuschwanstein. Foi um desfecho perfeito.



Quase chegando ao Spa de águas termais, os castelos de Hohenschwangau e Neuschwangau aparecem emoldurados pelos Alpes



Clique sobre as imagens para ampliá-las ou sobre as setas para avançar.


Ainda era cedo, então seguimos na direção do castelo para almoçar. Mas parece que todo mundo teve a mesma ideia, a estrada estava cheia, a maioria indo na mesma direção que nós. Chegando no cruzamento de Schwangau com Füssen, onde havia um enorme congestionamento, soubemos que havia uma festa em Füssen também, então além dos turistas a caminho do castelo mais visitado de toda a Alemanha, ainda havia aqueles que queriam participar da festa vestidos com trajes típicos. Na Alemanha não é permitido transitar com a moto no corredor em nenhuma situação e demorou muito para chegar até a Schwangau onde queríamos almoçar.


Schwangau também estava muito cheia, havia muitos ônibus de turismo na entrada e muitas, muitas pessoas andando em todas as direções. Ali mesmo decidimos que não queríamos disputar espaço com ninguém só para tirar uma foto de cartão postal, e só ficaríamos para almoçar. Entramos no estacionamento de um restaurante e o manobrista nos alertou que não era permitido estacionar motos nos estacionamentos particulares (como assim?!), apenas no público que não é gratuito e ficava longe dali subindo na direção do castelo. Expliquei a ele que apenas queríamos almoçar, sem subir ao castelo e ele concordou que ficássemos desde que a moto não ficasse visível para quem passasse na rua. Foi o que fizemos. No restaurante o maior movimento já tinha passado e pudemos almoçar sem muvuca, dava pra ver o castelo lá em cima, emergindo entre os pinheiros. O rei Ludwig sabia mesmo escolher seu lotezinho particular... Escolhi uma especialidade regional que é vegetariana, Spätzle, servida com uma deliciosa salada ao molho agridoce, Gilson me acompanhou no pedido que estava muito bom mesmo!


Antes de retornar ao hotel, entramos em Füssen onde a garçonete do restaurante indicou haver uma farmácia com farmacêutico de plantão, era só tocar a campainha e ele abriria a farmácia para nos atender. Ainda queríamos comprar relaxante muscular para o seguimento da viagem. Já na farmácia nos informaram que esse tipo de medicamento só pode ser vendido com receita médica, então compramos uma combinação de analgésico e antitérmico de venda livre.


Depois disso retornamos para o hotel, a 31 km dali, pelo mesmo belo caminho da vinda, um trecho em que a "Deutsche Alpenstrasse", que vai do Bodensee ao Königsee, coincide com o trecho final da "Romantische Strasse", que vai de Würzburg a Füssen, percorrendo uma estrada de pista simples, àquela hora menos movimentada, entre pastos, campos cultivados, pequenas aldeias e parques naturais, mas desta vez com os Alpes à nossa retaguarda. Um dia sem turistagem que nos deu exatamente o que precisávamos naquele momento.




Clique sobre as imagens para ampliá-las ou sobre as setas para avançar.

 

O dia em números:

Deslocamento:

  • Trajeto de Bad Bayersoien a Füssen e retorno

  • Deslocamento = 66 km ≈ Duração = 1h15m

  • Início: 9h30m - Fim: 17h30m

Despesas:

  • Combustível € 12,08

  • Estacionamento € 0,00

  • Pedágio: € 0,00

  • Hospedagem € 70,00

  • Alimentação € 61,00

  • Ingressos € 28,40 (€ 11,20 entrada + € 3,00 toalha)

  • Moto (peças e serviços) € 0,00

  • Presentes € 0,00

  • Outros € 9,45

  • TOTAL € 180,93

Serviço:

 

Continue a Leitura:

 

20180620_134954_edited.jpg
DEIXE SEU COMENTÁRIO
  • Instagram
SIGA-NOS NO INSTAGRAM
bottom of page