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  • Foto do escritorBárbara

12° Dia - DA PLANÍCIE AOS ALPES - entre Munique e Bischofswiesen

Atualizado: 24 de ago. de 2021


 
Bischofswiesen, 05/08/2019 - Segunda-feira

O dia começou com um problema: estávamos com pouco espaço para armazenar nossas imagens...


Os celulares estavam com as memórias cheias e, para nossa surpresa, o espaço na nuvem se aproximava do limite máximo disponível. Para piorar a situação, a GoPro, que compramos no início da viagem, também exigia espaço de armazenamento que o Memory Card de 128 GB ameaçava não atender...


Pesquisamos na internet, passamos no shopping e numa loja de concertos de eletrônicos, mas não encontramos o que queríamos e acabamos compramos um tablet usado, esperando que ele servisse de apoio num momento de aperto.


Depois de mais de duas horas de buscas, Gilson estava exausto e quis descansar antes de partimos. Valeu a pena! Com muita disposição, ele montou a bagagem na moto sozinho. Depois lavou com muita energia e removeu a resina que se depositou sobre toda carenagem da Brigite nas 3 noites que pernoitou sob as árvores. Quando vou ter a chance de ficar só observando? Aproveitei! - Rá! -


Cuidando da Brigite antes de seguir viagem.


A bagagem voltou a crescer com as compras daquela manhã e Gilson preferiu inverter a organização, colocando pertences pessoais no top case, deixando ferramentas e utensílios de estrada nas malas laterais. O volume e o peso das duas malas laterais somadas ficou semelhante ao top case. O que determinou a acomodação dos objetos foi a forma, as malas laterais com interior de linhas retas receberam as ferramentas, distribuindo o peso igualmente entre os lados com as capas de chuva no lado direito acima das coisas mais pesadas. Os objetos pessoais, que continham mais roupas, se acomodaram melhor à forma curva da tampa. Precisei usar toda minha habilidade, um verdadeiro jogo de Tetris pra que ela fechasse suavemente. Não era a condição ideal! Nossas mochilas cheias não cabiam no baú junto com o tênis de caminhada do Gilson (bem grande!) e isso nos forçou a distribuir nossos organizadores de bagagem em camadas fora das mochilas, uma complicação a mais na hora de levar a bagagem para o quarto quando chegarmos ao destino.


Pudemos escolher o trajeto do dia entre várias opções: autoestrada, estradas secundárias, caminho direto ou por desvios cenográficos. Optamos por uma rodovia estadual com duração de percurso semelhante ao da autoestrada.


No caminho, Gilson fez questão de retornar e registrar esta imagem para mandar para o amigo Daniel Silveira, pesquisador da cultura alemã na região de São Pedro de Alcântara/SC
Mudança de Ares

Os arredores de Munique são uma mistura de indústrias, sítios e fazendas, ocupando ordeiramente a grande planície. À medida que nos distanciamos, deixamos aquele estranho clima urbano que estava me incomodando para trás. Eu não sei bem o que foi aquilo, era um estado de ânimo coletivo negativo. Talvez fosse apenas o desconforto com o calor anormal intenso ou as limitações da alta temporada de férias. O que sei é que estava me afetando também. Senti alívio de estar na estrada novamente e nem me importei com a paisagem monótona. É tão bom estar de moto!


Quanto mais próximos dos Alpes, mais as casas assumem características regionais tradicionais e mais desconfiadas são as pessoas quando encontram com estranhos. Já os motociclistas, ah! Esses que vinham do sentido contrário nos cumprimentavam com maior empolgação.


Os lagos que se formam pelo degelo da neve e geleiras da cordilheira fazem a transição entre a grande planície de Munique com os Alpes. O lago Chiemsee estava no nosso caminho e marcou o início da mudança na paisagem, que ficou cada vez melhor. Depois dos grandes lagos vem as colinas e depois das colinas, os Alpes Bávaros.




Quando deixamos a rodovia estadual ficou drástica a mudança! Estávamos sobre a mais antiga estrada de férias da Alemanha, a rota da Estrada Alpina Alemã (Deutsche Alpenstrasse), que vai do Bodensee ao Königssee margeando os Alpes no território alemão.


O perfil dos Alpes cresceu e a paisagem ficou mais suculenta, verde e animada. A estrada corre junto aos rios e contorna montanhas que crescem em quantidade e altura, deixando apenas um pedacinho de céu azul livre sobre nossos capacetes.


- Caramba! Como é bonito. -




Buscando hospedagem

Fizemos uma parada próximo a Berchtesgaden para avaliar as possibilidades de hospedagem. A ideia de ir ao Centro de Informações turísticas se frustrou. Pelo adiantado da hora não haveria mais ninguém atendendo. Escolhemos uma das opções mais próximas, numa vila no alto de uma montanha com acesso muito ingrime e sinuoso, absolutamente lindo.


Chegamos por volta das 18h, depois de percorrer 140 km em torno de 3 horas, e fomos recebidos pelo proprietário da pousada com um olhar desconfiado. Tínhamos planejado ficar 3 noites e, conforme o buscador informava, era exatamente o número de noites disponíveis na pousada. A diária do quarto triplo com café da manhã era de 45 euros/pessoa + 2,60 de taxa municipal por dia para cada hóspede. Essa taxa é cobrada em todos os municípios da região e dá descontos em spas, estacionamentos e serviços, além da gratuidade no uso do ônibus. Trata-se de uma pousada ao lado de uma estação de Sky, distante de tudo e de todos. Gilson não gostou dessa localização, mas decidimos ficar.


O proprietário nos ofereceu a garagem particular no subsolo gratuitamente, onde encontramos outras duas motos Yamaha. Levar nossa bagagem pessoal para o quarto, subindo dois lanços de escada, foi trabalhoso, Gilson decidiu levar sozinho o top case inteiro para cima.


Clique sobre as setas para ver as imagens

O quarto era enorme, tinha até um terraço particular e um enorme hall de entrada. (Gilson)

Gostamos da ambiência, do quarto, dos outros hóspedes e do jantar delicioso, mas a comunicação com os proprietários foi difícil. Eles eram também chef de cozinha e garçonete. Havia reforma em andamento na pousada e eles pareciam sobrecarregados.


Mas nada nos aborreceu naquele dia. Era o início da terceira e principal etapa da viagem, e os planos adaptados de última hora estavam fluindo bem. O dia seguinte estava programado para o passeio de barco pelo espetacular Königssee, e nosso novo tablet facilitou a participação de Gilson no planejamento operacional. Agora só precisávamos torcer para que o mau tempo, do qual estávamos fugindo há alguns dias, poupasse a região durante nossa estada.






 
Percurso do dia.
O Dia em Números:

Deslocamento: Trajeto de Munique a Bischofswiesen


  • Distância percorrida do dia = 163km ≈ Duração = 3h49min

  • Início 10h07min - Fim 18h29min.

  • Paradas e desvios: compras e lavação em Munique (23,9 km; 2h56min.) + descanso no hotel: 2h15min. + 2 paradas na estrada (30min.).


Despesas Básicas:

  • Deslocamento € 6,74

  • Hospedagem € 95,60 + € 20,00 (check-out tardio)

  • Alimentação € 49,60

  • Ingressos € 0,00

  • SUBTOTAL A - € 171,54

Custos de manutenção:

  • Serviços: € 0,00

  • Peças: € 0,00

  • Ferramentas: € 0,00

  • Material de consumo: € 0,00

  • SUBTOTAL B - € 0,00


 
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Links úteis e interessantes:
  • Deutsche Alpenstraße - A Rota Turística Mais Antiga da Alemanha - Rota Alpina Alemã (em alemão, italiano e inglês) Consultado em 08/02/2020

 

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